sábado, 11 de julho de 2009

Aproximar-se

Ainda com alguma força para responder, digo: é preciso fazer parte ou, ao menos, propor-se a perguntar para entender qual o sentido que cada um ou cada grupo dá às palavras.
Há 33 anos sou mulher, mulher negra e mestiça.
Quando criança ficava atônita com situações que eram maiores do que eu: amigos e amigas de pele mais escura ( do que eu, mestiça, que podia passar, por vezes, desapercebida) sendo incessantemente ridicularizados, o rubor na minha face na sala de aula ao ouvir como a história de meu povo era contada. Sendo assim, sentia e sinto o desejo de igualdade. Não a igualdade que faz perder a diferença. Mas a igualdade no que é essencialmente humana: o poder sentir-se (e sentirmos) valorizado, acarinhado, seguro, com referências afirmadas. E isso com cada um (e cada grupo) com suas diferenças preservadas.

Um comentário:

Profa. Maria Moura disse...

Oi querida amiga, finalmente voltou a escrever. Você que se expressa tão bem, não deixe passar esses momentos de inspiração. Além do que, as palavras sempre revelam conteúdos que outra forma, poderiam ficar sufocados.
Beijo.