sexta-feira, 27 de julho de 2012

Participei ontem da audiência pública na qual se discutiu o aumento escandaloso de homicídios em SP, em boa parte praticado por policiais ou com suspeita desses agentes estatais terem atuado (ou seja, a apurar).

Pela primeira vez na vida, ao longo dos 112 anos, vi familiares de pessoas mortas por pms e pms, lado a lado.

Depoimentos para lá de dramáticos, escabrosos mesmo. Avanços, considero, na medida em que se falava, em muitas vezes, das vidas ceifadas nessa guerra, ceifadas pela morte ou pela instituição que adoece gradativamente e enlouquecidamente aqueles e aquelas que nela adentram.

Vi também a velha atuação que promove a guerra em nome da paz, de ambos os lados, mas, grifo e grito: não todos, mas alguns nessa atuação.

Vi uma vontade real de mudar a situação, propostas novas e profissionais, eticamente comprometidas, por parte da Defensoria Pública.

Tenho dito e digo mesmo que uma esperança tem me ajudado e nasce de ver movimentos sociais ressurgirem (quero dizer, movimento, não o que se tornaram as ongs, talvez estáticas, sei lá). Pensativa.

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